domingo, 12 de abril de 2015

XXIII- Valor

Eis um tema que, obrigatoriamente, me faz pensar na relação Eu e O Outro. E no repertório que adquirimos.

Alguém me diz que um rapaz tem defeitos de pessoa rica. Achei estranho, porque pelas características que me foram passadas, me pareceu alguém de classe média. Aí me dei conta que na alteridade, o que para um é riqueza, para mim não pareceu. Valores vão de acordo com o repertório.

E um insight poderoso desses dias tem a ver com meus valores, ou como vejo isso em mim mesmo. Não se forma besta, narcisista, que esta é frívola e cai na primeira pedrada da realidade. A não ser que se tenha seguidores afinados com você, mesmo sendo bizarro, tipo um Olavo de Carvalho.

Por vezes menosprezo os meus aspectos físicos, intelectuais e emocionais. Especialmente em uma relação amorosa. Engraçado que na amizade isso não acontece porque há compartilhamento.

Talvez isso seja não a saída definitiva nessa gangorra da alteridade : compartilhar. Por ela valores meus e dos outros podem ser mudados, questionados, aceitos, rejeitados, reformulados. Mas não há espaço para delírio puro egoísta, nem o menosprezo de se, que em mim há muito de farsa e é irmão gêmeo do que tenho de mais egoísta.

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